Psicofarmacologia e TEA
Para muitos autores, o comportamento repetitivo no TEA é vinculado a outros hábitos, caracterizados por repetição, conduta ou padrão de interesses rígidos, insistência e preservação de rotina e interesses restritos. Indivíduos detentores do Transtorno do Espectro Autista detêm, também, comportamentos mais compulsivos do que obsessivos.
Os sintomas dos comportamentos restritivos, repetitivos e estereotipados (CRRE) são pouco estudados em comparação aos demais, e vários fatores justificam o fato. Soorya, Kiarashi e Hollander (2008) sublinham alguns: "Um fator, por exemplo, é a ocorrência desse sintoma tanto em crianças sem alterações no desenvolvimento neuropsicomotor quanto em crianças com TEA". Entretanto, pesquisas comprovam que o sintoma é mais frequente nas crianças com TEA a aquelas consideradas normotípicas. "Os CRRE também têm uma forte hereditariedade, particularmente para comportamentos compulsivos e são, muitas vezes, a referência mais marcante para o diagnóstico de TEA".
Vistos como alvos relevantes a intervenção, os CRRE atrapalham o convívio familiar, influenciam no progresso educacional e limita o desenvolvimento das abordagens psicossociais. Porém, mesmo diante de seu impacto negativo na qualidade de vida da população com TEA, as intervenções médicas e comportamentais para o tratamento dos sintomas ainda são escassas.
No caso, destacado por Soorya, Kiarashi e Hollander (2008), a administração do ISRS é a abordagem farmacológica mais recorrente:
- ISRS
1. fluvoxamina
2. fluoxetina
3. sertralina
4. citalopram
5. escitalopram
- Anticonvulsivante
1. divalproato de sódio
- Antipsicótico
1. risperidona
- Hormônio
1. oxitocina
O emprego do ISRS é apontado como uma boa escolha de tratamento por atuar na recaptação neuronal da serotonina. Entretanto, há a advertência que cada ISRS possui outras características farmacológicas e ocasiona efeitos adversos distintos, consequentemente tendo variação em sua efetividade.
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Referências:
SOORYA, Latha; KIARASHI, Jessia; HOLLANDER, Eric. Intervenções Psicofarmacológicas para Comportamentos Repetitivos nos Transtornos do Espectro Autista. Child and Adolescent Psychiatric Clinics of North America, v. 17, n. 4, 2008.